A disciplina de Anatomia Palpatória (mais acertadamente Anatomia de Superfície) compõe, juntamente com as disciplinas morfológicas e fisiológicas oferecidas aos estudantes de Medicina e de áreas paramédicas, uma importante ferramenta de ensino e pesquisa aos alunos e profissionais que trabalham com pacientes em Institutos ou Clínicas de Reabilitação Física, utilizando mormente a palpação manual e a simples inspeção visual, técnicas essas que exigem um profundo entendimento da Anatomia Humana Básica e dos Sistemas musculoesquelético, cardiovascular e nervoso. Não só nesses Institutos mas, como no caso dos profissionais educadores físicos, estes precisam estar devidamente habilitados a lidar, frequentemente, com possíveis distúrbios morfofuncionais e múltiplas patologias da clientela que frequenta Academias de Fisioculturismo, Clínicas de Emagrecimento, além dos praticantes esportes, dança e artes marciais em diversos espaços, como campos de futebol, quadras de tênis, etc. A Anatomia Humana, especialmente em muitos ou na maioria dos Laboratórios de Anatomia, foi e continua sendo a Anatomia do cadáver e, frente a pouca disponibilidade de material anatômico natural, cadáveres ou peças anatômicas em estado precário pelo uso constante em estudos práticos, dada a imensa dificuldade de se obtê-los por variadas razões, muitos pesquisadores e docentes optaram pelo estudo anatômico no indivíduo vivo. A Educação Física, quer na modalidade Licenciatura e, mais ainda, no Bacharelado, vem se beneficiando pelo estudo da superfície do vivo e, com o tempo, encontrando meios de compartilhar suas experiências profissionais pelas descobertas que as técnicas palpatórias ou manipulativas vem acrescentando no meio acadêmico, embasadas em renomados pesquisadores como Serge Tixa, Derek Field, dentre vários outros.